Cansada
de procurar, cansada de viver como alguém insignificante, alguém invisível que
ninguém parecia reparar. Não fazia falta nenhuma. Que razão tinha para viver. A
sua falta não seria notada. Só queria um laivo de atenção, um gesto de amor.
Desistiu de tentar. Os dias sucediam-se uns aos outros, sempre iguais. Esqueceu
do que procurava. Entregou-se ao silêncio, deixou que este a preenche-se. E o
vazio acabou, afinal nunca este vazio. O silêncio sempre esteve lá, segurando a
sua mão, apenas o ruído interior a impedia de o sentir. Aquilo que procurava,
afinal era ela própria. Nunca mais esteve sozinha.
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