tag:blogger.com,1999:blog-79852379311401811332024-03-13T21:03:39.461+00:00estórias soltasmelodia de letras bailando ao som das palavrasPaulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.comBlogger456125tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-35364850637386252102017-08-10T12:06:00.000+01:002017-08-10T12:06:23.212+01:00O caminho
Por mais sinuoso que seja o caminho se o estás a percorrer é o certo para ti, incluindo todas as dificuldades, todas as provações, seja o que for que faça parte do caminho é perfeito que assim seja. É o caminho que dá significado à tua vida e não meramente a meta do mesmo. Enquanto caminhas valoriza cada passo do teu caminhar, sente a planta dos teus pés calcorreando o chão que pisas, desde o Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-45837234876065132792017-08-09T12:03:00.001+01:002017-08-09T12:03:39.217+01:00Aventura de viver
A pulsação estava acelerada, os pensamentos eram incessantes, tudo lhe oprimia, tudo sufocava. Não sabia quanto tempo mais poderia aguentar. As soluções pareciam ser inexistentes, achava-se a pessoa mais infeliz do mundo. Ao seu redor todos pareciam saber o que faziam, pareciam ter algo para contribuir para o mundo, ter um propósito. Ela achava-se inútil, achava que ninguém precisaria dela, que Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-66299165346585737582017-08-08T12:22:00.003+01:002017-08-09T11:25:18.043+01:00Desilusão
Só quando deixou de exigir demasiado da vida e de si mesma é que ela encontrou o que tanto desejava e que sempre esteve tão perto dela e não se havia permitido ver. A serenidade, a paz de espírito que tanto ansiava já habitavam nela e só vislumbrou essa realidade após deixar cair as expectativas que criara em torno das pessoas que compunham a sua realidade. Chegara à conclusão que quanto mais Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-15358778085280136042017-08-02T12:14:00.003+01:002017-08-02T12:14:28.135+01:00Deixar de resistir
A insatisfação era uma constante nela, nada era o suficiente, onde quer que fosse, com quer que estivesse, algo lhe faltava. Só lhe apetecia estar onde não estava, tendo o que não tinha e tudo o resto estava sendo quase insuportável.
Algo teria de mudar em breve pois não sabia quanto mais poderia aguentar. As suas relações de amizade, familiares e profissionais estavam a ressentir-se Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-18263010812927388422017-07-31T18:31:00.000+01:002017-07-31T18:31:17.310+01:00Sei agora
Segui demasiado tempo exigindo de ti que me fizesses feliz, que me amasses como gostava de ser amado.
Sei agora o quanto fui injusto contigo, pois exigi muito mas pouco foi o que te dei.
Quis sempre tudo em troca de tão pouco para dar.
Sei agora o quanto isso te fez sofrer e quanto isso me faz sofrer.
Sei agora que é demasiado tarde, atingiste o teu limite e Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-37060876188086270832016-07-28T15:49:00.002+01:002016-07-28T15:49:31.109+01:00#100 Outras vidas
As
palavras surgem na mente, mostram-se tal como querem ser conhecidas e o
escritor plasma-as no papel. A inspiração não tem dono, ela paira no ar e vai
sendo captada pelas mentes que sintonizam nas diferentes vibrações de tais
ideias. O autor é aquele que se disponibiliza para aceitar tais vibrações e
dar-lhes uma nova forma que ganhará vida própria a partir do momento em que
começa a ser lida Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-40026280386100703122016-07-28T15:47:00.002+01:002016-07-28T15:47:35.657+01:00#99 Culpa
Os
pensamentos surgem incessantemente e no entanto agora era capaz de os observar,
tornar ciente em si a ocorrência desses pensamentos e de como ela era o espaço
onde eles se manifestavam. Ela sabia que não se limitava nesses pensamentos e
que podia, através da sua atenção decidir quais eram mais importantes para ela
e desse modo para aquilo que tinha de experienciar na sua realidade. Estava
Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-16006211283682839862016-07-28T15:46:00.001+01:002016-07-28T15:46:55.435+01:00#98 Algo superior
O
desconforto era cada vez maior, a ideia de que a vida se resumia a casa
trabalho, trabalho casa, num emprego das 9h às 18h, essa ideia era cada vez
mais insatisfatória. Teria de haver algo mais interrogava-se ela, e essa ideia
de que deveria de haver algo mais ocupava cada vez mais tempo da sua atenção.
Ela era uma pessoa de fé, ainda que não tivesse nenhuma religião, ela cria que
algo de Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-32387997464450302842016-07-28T15:45:00.001+01:002016-07-28T15:45:31.138+01:00#97 Tal como é
De
que serve estar ciente do que se é e deixar que tudo permaneça num estado de
dormência. Deixar-se entregue à inação, entregue à procrastinação. Uma sensação
de que se é uma fraude, que falta genuinidade. Desabafava ele junto do seu
mestre. Mais do que ação nota essa sensação em ti, como ela se manifesta, tudo
isso são estórias e mais estórias. Respondeu-lhe o mestre, continuando dizendo:
e noPaulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-27778161770911819012016-07-28T14:37:00.001+01:002016-07-28T14:37:15.245+01:00#96 Algo mais
Queria
mais da vida, estava farta da rotina, sempre as mesmas tarefas, sempre as
mesmas pessoas. Seria apenas isto que a vida queria dela? Sentia-se frustrada,
desanimada. Acreditava que tinha muito para dar ao mundo, não sabia como, mas
sentia que podia contribuir mais. A vida não podia ser só isto, era demasiado
fútil o foco apenas no material, onde o último gadget era o selo que garantia
um Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-33475539574087448102016-07-07T16:15:00.001+01:002016-07-07T16:15:10.201+01:00#95 Entender
Tudo
passa, nada é permanente, tudo é movimento, tudo se transforma nesse bailando
incessante que é a vida. As emoções surgem e partem, os pensamentos surgem e
partem. As pessoas surgem e partem. Aquele que está consciente delas permanece
igual, é o palco ilimitado onde todas as movimentações acontecem. Estas
palavras que lês escrevem-se a si mesmas, debaixo dos dedos que pressionam as
teclas doPaulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-44838468883139598522016-07-07T16:13:00.001+01:002016-07-07T16:13:43.921+01:00#94 Entrega
“Não
vales nada”, “És um falhado”, “ O mundo não precisa de ti para nada, podes
desaparecer que ninguém nota”. Estes pensamentos seguiam-se em catadupa na
mente dele e ocupava toda a sua atenção, fazendo-o sentir-se cada vez mais
pequeno, mais insignificante, a pressão no seu peito aumentava, como que o
asfixiando, a visão estava turba, tudo parecia rodar. Uma sensação de medo
tomava conta dele,Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-78352199580963419382016-07-05T16:45:00.001+01:002016-07-05T16:45:26.983+01:00#93 Perder o chão
Aquela
que está a ouvir estas palavras não existe, procura por ela e verás que não
existe. Estas foram as palavras dele que a fizeram perder o chão interno,
literalmente. Tudo aquilo que ela acreditava ser, cessara naquele momento. O
que antes seria um terror para ela enfrentar, pois a sua personalidade era o
que ela mais valorizava e só a ideia de perder tal identidade era inconcebível
para elaPaulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-89295681190086190042016-07-05T16:38:00.001+01:002016-07-05T16:38:01.433+01:00#92 Ela é vida
Aquilo
que ela acreditava ser revelava-se agora como a ilusão que sempre fora. Ilusão
essa criada por si, alimentada pela sua atenção e projetada na sua realidade
externa que se limitava a comprovar aquilo que ela criara e como fora ela que
criara não tinha como não acreditar nas provas que criara. Esse ciclo
incessante ilusório era agora evidente para ela, uma vez que conseguira sair do
ciclo ePaulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-89641232042249218962016-07-05T16:36:00.001+01:002016-07-05T16:36:39.788+01:00#91 Reparar na verdade
Os
pensamentos eram incessantes, surgiam em catadupa na sua mente e ela sentia que
se estava a perder, que estava a ficar louca. Só que algo nela incutia-lhe uma
calma serena que lhe garantia que tudo estava bem, que nada havia a temer. E
com essa sensação ela entregou-se à experiência que estava a viver. O que
surgiu de seguida foi um distanciamento entre os pensamentos que havia estado
imersa Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-43782429483846653302016-06-30T17:02:00.001+01:002016-06-30T17:02:40.194+01:00#90 Olhar de forma diferente
Chega,
chega, chega, não quero sentir mais pena de mim. Estava tomada a decisão que
mudaria a sua vida, ela sabia que não lhe interessava mais viver como sempre
havia vivido até então. Só problemas e mais problemas e sempre sentindo-se indefesa,
impotente para agir e resolver o avolumar de problemas que explicavam a sua
existência. Se a vida lhe dava essas situações então alguma utilidade elas
Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-20732723427714038342016-06-30T16:51:00.001+01:002016-06-30T16:51:26.991+01:00#89 Ciclo incessante
A
dor rasgava a sua presença na vida, queria que desaparecesse, que terminasse,
de uma forma ou de outra, o que ela queria era o fim de tal dor ou então que
terminasse a sua vida, nada mais fazia sentido, nenhum propósito a mantinha
desejando viver. Cada recanto do seu ser berrava de dor, cada centímetro do seu
existir clamava que cessasse. O que teria feito que justificasse tal
sofrimento, que Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-7908078154187068342016-06-30T16:43:00.001+01:002016-06-30T16:43:13.302+01:00#88 Insuportável
Houve
um momento onde se deu o click, aquilo que antes lhe parecia insuportável era
agora visto como suportável, porque de facto o estava a suportar, ela estava a
lidar com a situação, ainda não tinha morrido, então estava a suportar aquilo
que antes lhe parecia insuportável e essa ideia ressoou dentro dela de uma
forma clara. A única diferença não era a situação que continuava a existir de
Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-81765125864603548122016-06-30T16:19:00.002+01:002016-06-30T16:19:25.029+01:00#87 Uma outra formaAndava cada vez mais desgostosa com a vida que levava,
o seu trabalho não a preenchia, apenas o mantinha por necessidade do dinheiro
para pagar as contas, mas nada do que fazia a interessava mais, limitava-se a
cumprir as suas obrigações, mantendo as rotinas. As mesmas pessoas que tinha de
ver todos os dias, procurando não se importar com as suas manias, os seus trejeitos,
que cada vez se Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-2859327673396775222016-06-30T16:17:00.001+01:002016-06-30T16:17:57.895+01:00#86 Energia
Tudo
começou numa troca de olhares, sem saber porquê, ela não conseguia tirar os
olhos dele, mais do que atração física, aquilo que a impelia a manter o olhar
era a energia que emanava dele, ainda que ela não o soubesse explicar então,
algo nele apelava uma sensação de paz e harmonia no seu ser. Um breve sorriso
dele fez com que despertasse e meio embaraçada desviou o olhar, e a sensação de
paz Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-26578413215561143102016-06-23T18:22:00.000+01:002016-06-23T18:22:13.016+01:00#85 Sensação de paz
Exaurida
de esperança, descrente de que merecesse algo mais da vida, decidira deixar de
resistir e entregar a Deus, ou quem quer que existisse, pois a descrença que
sentia era tal, que duvidava que Deus algum existisse. No meio de tal descrença
algo se tornou evidente e claro para ela, na verdade tudo se passava na sua
cabeça, porque ao seu redor tudo permanecia igual, apenas os seus pensamentosPaulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-18378207333383492332016-06-23T18:06:00.001+01:002016-06-23T18:06:40.452+01:00#84 Basta
Todos
os planos falharam, nunca nada aconteceu como desejava que acontecesse, no
entanto estava decidida a saber mais. Queria obter respostas para a vida que
havia vivido até então, não queria desperdiçar nem mais um minuto que fosse
procurando alcançar os seus desejos para ver a realidade a desmontar cada um
deles de uma forma sofrida para si. Basta, basta, basta, pensava, não quero
mais isto, Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-62422984779214963912016-06-23T18:05:00.001+01:002016-06-23T18:05:07.487+01:00 #83 Procurar entender
Nada
acontece por acaso e se a vida lhe havia dado tanta provações algum propósito
haveria nisso tudo. Estava decidida a deixar de lutar contra as evidências, a
vida queria algo de diferente para ela do que havia imaginado para si. Sempre
pensara que teria uma família para cuidar, uma forma de a sustentar e que nisso
encontraria a sua felicidade. No entanto nada disso havia acontecido ainda,
Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-30155031178164682042016-06-23T18:03:00.001+01:002016-06-23T18:03:48.563+01:00#82 Propósito
Perante
tantas dificuldades que sempre teve de enfrentar ao longo da vida e farta de
tanta luta, de tanto sofrimento, ela interrogava-se cada vez mais sobre o
propósito disto tudo, a razão pela qual as coisas eram como eram. Teria de
haver uma outra forma de ver as coisas, uma justificação para que tudo fosse
assim como era e ela ter de passar tantas provações, só poderia haver um
significado Paulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7985237931140181133.post-12999823031902045112016-06-08T16:26:00.001+01:002016-06-08T16:26:18.050+01:00#81 Dúvida
Ela
pensava para si mesma, não sei o que há, não sei o que é verdade ou ilusão. E
essa sensação permanecia com ela assaz tempo. Ocupava toda a sua atenção, mesmo
quando fazia as suas rotineiras tarefas diárias, essa sensação de incerteza, de
dúvida existencial estavam lá. Uma sensação estranha de que quem ela acreditava
ser, não passava de uma ilusão. Sentia que não podia ser apenas aquele rostoPaulo Renatohttp://www.blogger.com/profile/10999881936196943515noreply@blogger.com0