quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Deixar partir



Deixar partir aquilo que nunca tive,
tudo aqui me foi emprestado.
Na arrogância do ser, julguei que podia acumular,
coisas, bens, lugares, memórias, pessoas.
Como estava enganado,
na verdade eram elas que me possuíam a mim.
Pois  acreditava que elas me definiam,
que davam em sentido ao meu ser.
E no entanto,
tudo isso era uma ilusão.
Nada possuo, nada é meu.
Deixar partir essa ideia que somos um nome,
um corpo, uma mente,
e toda a sua envolvência.
Deixar partir, e
aquilo que fica,
é tudo,
é nada,
não tem definição.
Apenas a sensação,apenas o experienciar.
Deixei partir e sou livre.

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