sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Caminho


Todos os caminhos me servem,
aliás, já por aí andei.
Pois a minha existência é ilimitada,
ela abarca tudo o que é.
Todos os passos que dei,
e todos os que irei dar,
são na verdade parte do caminho que já percorri.
Porque na verdade,
eu sou o caminho,
e o caminho faz-se em mim.
É quando deixo de pensar para onde quero ir,
que me permito ir.
Desfrutando de tudo o que é,
em simplicidade,
pois o caminho é simples pois ele é perfeito.
Eu sou perfeito,
eu sou,
apenas sou,
tudo o que é.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Flutuar



Foto Google.


Deixa que as emoções flutuem,
e te levem para longe.

Tu não és daqui,
nem dali,
não és de lado nenhum,
e és de todo o lado.

A ilusão de existir prende-te,
acreditas no que vês,
mas será que vês de verdade,
ou vês aquilo em que acreditas.

Se queres que te diga,
não importa,
aquilo em que acreditas,
afinal tudo isto é um sonho.

Deixa que as emoções flutuem,
e te levem para longe.

Onírico é esse corpo,
que aprecias no espelho,
num jogo de sombras,
que procuram,
apagar a luz.

Mergulhas nos pensamentos,
na esperança de te encontrares.
Tempo perdido, 
Pois não podes encontrar,
quem nunca aí esteve.

Flutua na existência,
desse infinito Ser. 

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Memória

As memórias são ideias,
pensamentos que me levam,
daqui para outro lugar,
que se assemelha ao que já vivi.

Mas não é o mesmo,
vai-se compondo à medida,
daquilo que crio neste momento.

Então é irreal.
Não existe,mas dói,
como dói,
cada recordação,
é como viver-la de novo.

Ou então é feliz,
e estas prefiro guardar e,
voltar a eles muitas vezes.

Chega de te ocupares de mim,
é hora de partires,
para que possa viver a vida,
que me espera enquanto me dedico a ti.

Quero alimentar cada momento,
do meu existir.
Amando cada pedaço,
pela totalidade que possui.

Construir agora as memórias felizes,
do amanhã,
e para que sejam perfeitas,
preciso de estar aqui,
inteiro,
amando e sendo amado.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Quebrar

Quebrar as barreiras que limitam,
a perceção de quem sou.
A ilusão de daquilo que pensava,
que era, se dissipa,
aqui e agora.

Quebrar as crenças que julgam,
tudo o que vejo,
tudo o que sinto,
roubando-me o presente.

Levando-me para longe de mim.
Cada vez que via o mal dos outros.
Esquecendo que era eu,
aquele que via refeltido nesses outros.

Afinal era eu,
repartido em pedaços multiples.
Como podia olhar,
e não ver que estava lá,
em cada um deles,
em cada critíca.

Mas também em cada ato de ternura,
em cada pedaço de amor,
no recanto de cada lágrima,
embalado num sorriso.

Quebrar a ilusão de exclusão,
qual recluso da vida,
não vivida,
mas contida nas agruras,
do passado,
revisitado em cada memória.

Livre da ilusão,
digo enfim,
presente,
afinal nunca estive,
ausente.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Abundância

Quando confundo o Ser pelo ter,
deixo de ver quem sou.
esqueço de tudo o que sou,
iludido por tudo o que tenho ou desejo ter.

Quanto mais desejo ter menos vejo,
a abundância plena que existe em mim,
para lá de mim.

Pois estou a limitar-me pelas parcas posses,
que consigo amealhar,
esquecendo a riqueza do sentir,
de vivenciar tudo aquilo que sou.

O amor que me constitui é ilimitado,
não pode ser contido em nenhum objeto,
nada material ou carnal o pode conter.

Tudo o que vejo é parte de mim,
contenho o todo,
sendo eu,qual gota do oceano,
o oceano por inteiro.

E no entanto,
permito que os pensamentos de escassez,
se apoderem de mim.

Deixo que o medo oriente a minha visão,
deste mundo que habito,
mas eu não sou deste mundo,
eu sou o mundo.

Em cada recanto me encontro,
em cada Ser permaneço,
na ilusão da tristeza,
e na certeza da alegria.

Todas as posses iludem,
aquilo que é essencial.
Viver entendendo,
que o amor é tudo, o amor é.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Não Sei.

Não sei.
Julgando saber o que é melhor para mim,
vou cometendo erros.
Por vezes aprendo com eles,
por vezes continuo a repetir-los.

Não sei.
Procurava o amor,
e apenas encontrei a parte limitada,
do amor,
pois este exige do outro,
espera ser correspondido,
e desilude-se,
quando descobre que o ideal é uma ilusão.

Não sei.
Quando me perco nos pensamentos,
e eles me enganam,
fazendo-me ver como separado,
de tudo o resto,
e sempre querendo mais,
quando na realidade tem tudo,
é inteiro,
é pleno,
é inexplicável.

Não sei.
Porque procuro entender,
sempre em busca de respostas,
e as que recebo,
não explicam nada.
As palavras são curtas,
para abarcar o entendimento.

Não sei,
e por isso,
desisto de tentar saber,
agora quero,
apenas viver,
viver cada momento ao sabor do existir.
Deixar-me fluir pela vida.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Harmonia

Harmonia na clareza das minhas ideias,
residem a certeza do existir,
de outra forma como poderia estar aqui.

Ilusão a minha, de tal pensar.
Na realidade não existe em mim,
mas sim apesar de mim.

Pois este sentir é limitado,
pelos cantos do pensamento.
Nebulosidade desenfreada,
pela sensação de existir.

Revejo-me no avesso da vida.
Curvando as dificuldades,
pelos caminhos da mente.

Criando vou, a realidade vivida,
na esperança de me encontrar.
Entretanto vou-me perdendo,
na eternidade de cada momento.

Harmonia do beijo,
sentido no abraço dos lábios.
Doce sensação,
na melodiosa emoção.

Os limites do corpo,
perdem-se na ardente comunhão,
do desejo do reencontro,
da harmonia do existir.