Quando confundo o Ser pelo ter,
deixo de ver quem sou.
esqueço de tudo o que sou,
iludido por tudo o que tenho ou desejo ter.
Quanto mais desejo ter menos vejo,
a abundância plena que existe em mim,
para lá de mim.
Pois estou a limitar-me pelas parcas posses,
que consigo amealhar,
esquecendo a riqueza do sentir,
de vivenciar tudo aquilo que sou.
O amor que me constitui é ilimitado,
não pode ser contido em nenhum objeto,
nada material ou carnal o pode conter.
Tudo o que vejo é parte de mim,
contenho o todo,
sendo eu,qual gota do oceano,
o oceano por inteiro.
E no entanto,
permito que os pensamentos de escassez,
se apoderem de mim.
Deixo que o medo oriente a minha visão,
deste mundo que habito,
mas eu não sou deste mundo,
eu sou o mundo.
Em cada recanto me encontro,
em cada Ser permaneço,
na ilusão da tristeza,
e na certeza da alegria.
Todas as posses iludem,
aquilo que é essencial.
Viver entendendo,
que o amor é tudo, o amor é.
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