A lembrança de um belo par de sapatos que constituíram, não
passava de uma mera memória. Antes eram uma equipa, agora resvalavam cada um
para seu canto. O direito culpava o esquerdo, fazendo menção de lho recordar
com frequência.
“A culpa é tua deste nosso abandono, se não tivesses quebrado o
teu tacão devido a ficares pasmado olhando o sapato alheio, terias visto o
buraco que pisaste.”
“É sempre a mesma conversa, eu já sarei tu continuas
quebrado.”
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