sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

contacto

de facto foi nesse momento que realmente verifiquei não existir tempo nem espaço.

quando os meus olhos se entrelaçaram nos teus e vi a imensidão do teu ser.

decidi mergulhar e passear-me em ti, sentindo cada pedaço e como era confortável estar aí.

não me queria vir embora, era bom demais.

sentia-me completo, nada mais existia para álem de nós. seria uma ilusão? estaria eu a sonhar?

mas só pode ser real, não tem como não ser real. se somos tudo que existe, a realidade está embrenhada dos nossos seres.

de repente caí. continuei a cair.

era uma queda que não parecia ter fim. ficou tudo escuro, deixei de ver.

parei.

inebriado pela sensação de algo que me prendia, era quente e macio.

eram os teus lábios.

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