de facto foi nesse momento que realmente verifiquei não existir tempo nem espaço.
quando os meus olhos se entrelaçaram nos teus e vi a imensidão do teu ser.
decidi mergulhar e passear-me em ti, sentindo cada pedaço e como era confortável estar aí.
não me queria vir embora, era bom demais.
sentia-me completo, nada mais existia para álem de nós. seria uma ilusão? estaria eu a sonhar?
mas só pode ser real, não tem como não ser real. se somos tudo que existe, a realidade está embrenhada dos nossos seres.
de repente caí. continuei a cair.
era uma queda que não parecia ter fim. ficou tudo escuro, deixei de ver.
parei.
inebriado pela sensação de algo que me prendia, era quente e macio.
eram os teus lábios.
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