Um manto de silêncio pairou no espaço onde decorria a sessão. Os olhos de Ricardo mergulhavam nos de Daniela. Os limites desvaneceram, não havia separação alguma entre aqueles dois seres, que vibravam na mesma frequência energética. Um entendimento para lá do passível de ser percecionado pelos sentidos humanos e no entanto disponível para ser acedido a qualquer momento, pois o tempo existe apenas na baixa frequência da dimensão humana, por forma a permitir que estes vivam as experiência que tem de viver, que possam errar, fazer de novo e voltar a errar melhor e fazer mais uma vez. Sendo tudo aprendizagem nada se perde.
O momento foi interrompido pelo Ricardo, dizendo:
"Daniela o sonho que teve e no qual experienciou que tudo aconteceu como tinha de acontecer, em que soube que tinha sido previamente decidido que teria de passar por essas experiências. Esse sonho foi a sua essência a relembrar quem é de verdade. A lembrar-lhe que não está sozinha, que esta personalidade que acredita ser é uma estória que ocorre no espaço ilimitado que é a sua essência. Sendo esta perfeita é através destas ideias de limitação que ela se torna ciente de si mesma. É testando a aventura de superar a limitação que vale pela aventura em si, ou seja, é o processo em si que é relevante e não a sua finalidade. Pois como já tem consciência, ocorra o que ocorrer nada pode beliscar o que quer que seja a sua essência. O que dito com verdade não é sua, ela é o que é e não pode ser definida. Qualquer definição é uma limitação ilusória. Pode-se definir apenas por uma questão prática e orientadora, sabendo que qualquer que seja a definição não é o que é a essência, o absoluto."
Ao que a Daniela comentou: " Uma parte de mim entende perfeitamente aquilo que o ouvi dizer, tudo isso faz sentido e sinto que não podia ser de outro modo. Pois ainda tenho muito presente o que vivenciei no sonho que lhe relatei. Mas por outro lado a outra parte de mim diz-me que tudo isso é ilusório, que são historinhas que se contam aos meninos para os entreter e que se seguir nesse caminho irei perder-me. Tal como a minha irmã, deixarei de funcionar em pleno nesta realidade, viverei num mundo à parte. E eu não quero isso. Sendo totalmente sincera...Eu tenho medo de que isso possa ocorrer. O que é que eu faço para lidar com isso? Como é que evito que tal aconteça?"
"Respondendo diretamente ao que me pergunta...aquilo que tem de fazer é nada. não pode fazer nada... a não ser estar presente. Estar de corpo e alma presente em cada momento desta sua experiência. Porque se ela tiver que passar por algo semelhante ao que a sua irmã está a viver, então assim será. E se quiser que lhe diga, na verdade, você já está a passar por algo semelhante ao que ela está a passar, porque ela e você são unas, tal como eu sou consigo, neste momento. Tudo o que ocorre na nossa realidade é um espelho do nosso interior. Cada pessoa que surja na nossa vida, seja por muito ou pouco tempo, traz-nos algo de valioso que é um encontro connosco próprios, com reflexos da nossa essência. E é pela forma como lidemos com eles que poderemos desfrutar em maior ou menor grau desta experiência de vida humana. Vou dar um exemplo, a Daniela veja-se como sendo um salão de baile, só que neste momento está preocupada com as danças que surgem em si, acredita que é essas danças e estas vão mudando ao longo daquilo que temos como tempo linear. E essas danças tem ritmos diferentes e nem sempre o são de acordo com os seus desejos, quando assim é desespera, procura por todos os meios agarrar-se às danças que conhece. E entra num desgaste constante que afastam a sua atenção de que, não é as danças, mas sim o salão de baile onde estas se dão. Salão esse que continua sendo como é, independentemente do tipo de dança que esteja a acontecer em determinado momento. Dança alguma irá afetar o salão. Assim, em jeito de conclusão, digo-lhe, permita-se parar. Faça uma pausa de todo esse reboliço interno e que se nota externamente e apenas observe as danças que estão a ocorrer em cada momento. E sim por vezes terá a perceção que essa dança é divertida, por vezes ela será vista como desagradável. Esteja presente para aquilo que for.Observe e deixe-se ir. Chegará sempre ao lugar de partida, de onde nunca chegou a partir. Pois já é tudo aquilo que poderia imaginar ou desejar ser. Tudo isto que referi fará o seu percurso dentro de si. Dar-lhe-á os "insights" que tiver de dar. Se a necessidade de controle vier, fique presente para todas essas sensações, sem apego e verá como partem tal como chegaram. Desse modo estará a elevar o seu nível de consciência e a relembrar porções mais amplas da sua essência. Procure fazer as suas tarefas com normalidade, sem especiais cuidados e tudo ocorrerá na medida em que estiver preparada para que ocorram."
" Sim, tenho muito que assimilar. Mas esse meu lado pleno e harmonioso transmite-me uma sensação de certeza. E eu escolho confiar e entregar. Estou grata pela sua orientação."
" Na verdade a orientação é sua, como sempre, eu apenas sou um reflexo dela." Terminando assim a primeira sessão da Daniela, tendo dado um passo que representaria uma mudança de paradigma na sua vida humana.
O momento foi interrompido pelo Ricardo, dizendo:
"Daniela o sonho que teve e no qual experienciou que tudo aconteceu como tinha de acontecer, em que soube que tinha sido previamente decidido que teria de passar por essas experiências. Esse sonho foi a sua essência a relembrar quem é de verdade. A lembrar-lhe que não está sozinha, que esta personalidade que acredita ser é uma estória que ocorre no espaço ilimitado que é a sua essência. Sendo esta perfeita é através destas ideias de limitação que ela se torna ciente de si mesma. É testando a aventura de superar a limitação que vale pela aventura em si, ou seja, é o processo em si que é relevante e não a sua finalidade. Pois como já tem consciência, ocorra o que ocorrer nada pode beliscar o que quer que seja a sua essência. O que dito com verdade não é sua, ela é o que é e não pode ser definida. Qualquer definição é uma limitação ilusória. Pode-se definir apenas por uma questão prática e orientadora, sabendo que qualquer que seja a definição não é o que é a essência, o absoluto."
Ao que a Daniela comentou: " Uma parte de mim entende perfeitamente aquilo que o ouvi dizer, tudo isso faz sentido e sinto que não podia ser de outro modo. Pois ainda tenho muito presente o que vivenciei no sonho que lhe relatei. Mas por outro lado a outra parte de mim diz-me que tudo isso é ilusório, que são historinhas que se contam aos meninos para os entreter e que se seguir nesse caminho irei perder-me. Tal como a minha irmã, deixarei de funcionar em pleno nesta realidade, viverei num mundo à parte. E eu não quero isso. Sendo totalmente sincera...Eu tenho medo de que isso possa ocorrer. O que é que eu faço para lidar com isso? Como é que evito que tal aconteça?"
"Respondendo diretamente ao que me pergunta...aquilo que tem de fazer é nada. não pode fazer nada... a não ser estar presente. Estar de corpo e alma presente em cada momento desta sua experiência. Porque se ela tiver que passar por algo semelhante ao que a sua irmã está a viver, então assim será. E se quiser que lhe diga, na verdade, você já está a passar por algo semelhante ao que ela está a passar, porque ela e você são unas, tal como eu sou consigo, neste momento. Tudo o que ocorre na nossa realidade é um espelho do nosso interior. Cada pessoa que surja na nossa vida, seja por muito ou pouco tempo, traz-nos algo de valioso que é um encontro connosco próprios, com reflexos da nossa essência. E é pela forma como lidemos com eles que poderemos desfrutar em maior ou menor grau desta experiência de vida humana. Vou dar um exemplo, a Daniela veja-se como sendo um salão de baile, só que neste momento está preocupada com as danças que surgem em si, acredita que é essas danças e estas vão mudando ao longo daquilo que temos como tempo linear. E essas danças tem ritmos diferentes e nem sempre o são de acordo com os seus desejos, quando assim é desespera, procura por todos os meios agarrar-se às danças que conhece. E entra num desgaste constante que afastam a sua atenção de que, não é as danças, mas sim o salão de baile onde estas se dão. Salão esse que continua sendo como é, independentemente do tipo de dança que esteja a acontecer em determinado momento. Dança alguma irá afetar o salão. Assim, em jeito de conclusão, digo-lhe, permita-se parar. Faça uma pausa de todo esse reboliço interno e que se nota externamente e apenas observe as danças que estão a ocorrer em cada momento. E sim por vezes terá a perceção que essa dança é divertida, por vezes ela será vista como desagradável. Esteja presente para aquilo que for.Observe e deixe-se ir. Chegará sempre ao lugar de partida, de onde nunca chegou a partir. Pois já é tudo aquilo que poderia imaginar ou desejar ser. Tudo isto que referi fará o seu percurso dentro de si. Dar-lhe-á os "insights" que tiver de dar. Se a necessidade de controle vier, fique presente para todas essas sensações, sem apego e verá como partem tal como chegaram. Desse modo estará a elevar o seu nível de consciência e a relembrar porções mais amplas da sua essência. Procure fazer as suas tarefas com normalidade, sem especiais cuidados e tudo ocorrerá na medida em que estiver preparada para que ocorram."
" Sim, tenho muito que assimilar. Mas esse meu lado pleno e harmonioso transmite-me uma sensação de certeza. E eu escolho confiar e entregar. Estou grata pela sua orientação."
" Na verdade a orientação é sua, como sempre, eu apenas sou um reflexo dela." Terminando assim a primeira sessão da Daniela, tendo dado um passo que representaria uma mudança de paradigma na sua vida humana.
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