All emptiness
The mystery of life
Pure happiness
segunda-feira, 31 de março de 2014
sexta-feira, 28 de março de 2014
#64 Reflexo
A Sara estava empenhada em deixar de bloquear, de sabotar a vida que ocorria em si e para si.
O seu nível de consciência atual permitia observar a sua realidade cada vez mais de uma forma mais desapegada daquilo que acontece momento a momento. Isto não significava que ela estivesse sempre em paz e aceitasse totalmente tudo o que acontecia, a verdadeira diferença estava na rapidez com que ela se permitia estar ciente das reações que se faziam manifestar quer no seu corpo, quer na mente. Ao estar ciente dessas reações, ela tornava-se no seu observador e isso permitia que soubesse responder de um ponto de vista mais alargado aos acontecimentos e com respostas diferentes das que antes de ter iniciado este processo de autoconhecimento teria.
Nas situações que anteriormente a fariam perder a paciência, despoletar verdadeiros ataques de nervos, muitos dos quais eram amortecidos interiormente, sem os exteriorizar e que se iam acumulando dentro dela. Agora esse mesmo tipo de situações já não colocavam em causa quem ela era, mas apenas eram vistos como acontecimentos que ela teria de lidar no momento em que ocorriam e que ela tinha em si os recursos para lidar com eles.
Cada dia carregava momentos de novas descobertas, oportunidades de ver as coisas como que pela primeira vez. Na verdade era isso mesmo, pois os olhos que percecionavam a realidade eram diferentes dos que antes haviam visto tais locais, tais pessoas. Ao mudar a forma como se olham as coisas, as pessoas, isso fará com que essas coisas e pessoas mudem para quem as está a olhar.
Com esta nova visão da realidade a Sara foi permitindo que as mudanças se fossem dando na sua vida, de um modo gradual, sem grandes acontecimentos de revelação, ou cheios de efeitos especiais como ela imaginava que teriam de ser as grandes mudanças de vida. Era isso que ela, antes desta nova consciência, esperava para a sua vida. Grandes acontecimentos que mudassem radicalmente a sua vida para muito melhor. Ela sabia agora que nada disso era necessário, pelo menos no seu caso, as pequenas mudanças que iam acontecendo, algumas muito subtis, na verdade haviam revolucionado a sua vida, a sua vida interior e como isso se notava também de muitas formas na sua realidade externa.
No desenrolar do tempo a sua vida passou por ajudar outras pessoas a se encontrarem consigo mesmas, a encetarem processos como o que ela encetara, sendo o seu exemplo uma referencia que ela usava como incentivo e espoleta das mudanças nas pessoas que a procuravam.
A Sara passou também a colaborar com o Ricardo em alguns dos seus eventos, ela continuava a tê-lo como uma guru que a ajudava a centrar-se, a não se desviar do momento presente quando as dúvidas surgiam, pois de tempo a tempo elas surgem como teste à sua vontade e persistência.
quarta-feira, 26 de março de 2014
terça-feira, 25 de março de 2014
Par
A lembrança de um belo par de sapatos que constituíram, não
passava de uma mera memória. Antes eram uma equipa, agora resvalavam cada um
para seu canto. O direito culpava o esquerdo, fazendo menção de lho recordar
com frequência.
“A culpa é tua deste nosso abandono, se não tivesses quebrado o
teu tacão devido a ficares pasmado olhando o sapato alheio, terias visto o
buraco que pisaste.”
“É sempre a mesma conversa, eu já sarei tu continuas
quebrado.”
sexta-feira, 21 de março de 2014
#63 Reflexo
"Essas situações que ocorrem na sua realidade, Sara, e que lhe mostram uma diferença relativamente ao que acontecia antes de ter iniciado este processo de autoconhecimento. Elas mostram apenas um novo olhar que se permite ter sobre quem é e que se reflete na sua realidade. Na medida em que for se conhecendo mais e mais, as provas dessa conexão à essência serão mais presentes até que chegue o momento em que deixe de ser necessário mais provas, em que deixe de ser necessário relembrar quem é de verdade. Quando ocorrer esse momento e será quando estiver preparada que ele aconteça, todas as dúvidas terminam, todas as questão se desvanecem. Pois os limites que acredita ter são libertados da ilusão, são visto como são realmente. A totalidade do sentido do que lhe estou a dizer neste momento não é entendido por si, nem pode ser. O que lhe estou a falar não é para ser entendido, compreendido intelectualmente, mas sim para ser experienciado. Só pela sua vivência do que é, o que é ilusório deixa de o ser."
"É isso que eu desejo que aconteça. É isso que eu confio e estou recetiva a ser guiada pela essência para que terminem todas as dúvidas, para que termine esta busca pelo saber, pelo conhecimento." Disse a Sara." Desejo que a dor não volte mais, que o sofrimento não me visite mais."
Interrompendo-a o Ricardo replicou, "Quando isso acontecer, o que não volta mais é esse desejo que não volte mais. Porque o sofrimento e a dor continuam a existir, o que não existe é a ilusão de alguém que sofre, alguém que tenha dor. Elas existem por si só neste espaço de consciência que é, onde cada uma destas ideias de limitação se manifesta. A experiência humana é feita de contrastes são estes que permitem a tomada de consciência da consciência de si mesma. A personalidade existe na essência e sem esta ela não existe, no entanto sem a personalidade a essência continua a existir. É a função destas ideias de limitação, destas personalidades através do inter-relacionamento tornar ciente a consciência de si mesma. Pois sendo ela perfeita apenas na sua fragmentação pode experienciar o prazer da descoberta da plenitude, da sua perfeição."
O silêncio quebrava o diálogo e libertava espaço para que o seu efeito dissipasse a desatenção. Mergulhando no silêncio era permitido observar o ruído interno, os rumores dos pensamentos fazendo-se insurgir, vagueando pela mente.
Os olhares daqueles dois seres perscrutavam um ao outro, num aconchego já familiar, porque na verdade qualquer diálogo entre dois humanos, não é senão um monólogo da essência.
A energia emanada por eles já não oferecia resistência no seu encontro, de facto a maior conversação entre eles era o que acontecia fora das palavras. As palavras por si só são uma distração, são uma barreira para manter o outro à distância e levá-lo a centrar-se na sua realidade externa.
Quando o poder do silêncio impera os ruídos da separação cessam, o amor essencial mostrasse presente e tudo flui livremente.
Banhados nesse silêncio, nessa energia de puro amor e sem trocarem mais palavras, termina a sessão. Despedem-se com uma abraço e de seguida Sara retira-se para o exterior da casa envolta nessa conexão ao todo, apreciando tudo ao seu redor como se pela primeira vez.
As cores ganham um novo brilho, uma tonalidade mais intensa, mais vibrante. Ela toma consciência da vida que gravita em seu entorno, que gravita em si, ela é tudo isso. As barreiras que pareciam existir entre ela e a sua realidade, não existem mais. Era quebrada a ilusão de pequenez, a ilusão de uma relação dela com o mundo. Sabia agora que sempre se relacionou consigo mesma. Que tudo é simplesmente perfeito assim como é. Deixando cair os conceitos as ilusões terminam, eram os conceitos que colavam os pedaços da personalidade, eram a cola da separação.
quinta-feira, 20 de março de 2014
terça-feira, 18 de março de 2014
segunda-feira, 17 de março de 2014
#62 Reflexo
Após mais uma sessão com o Ricardo onde a Sara expressou todas as mudanças que havia experienciado em si. Onde ela descreveu como se sentia uma nova pessoa, como achava que os olhos que viam a realidade em que estava inserida não eram os mesmos que viam a realidade anterior ao início deste seu processo de descoberta pessoal. Desta aventura pelos vales interiores da personalidade que julgava ser a sua. Desbravando caminhos inconscientes e que lhe permitiram aceder a dimensões diferentes sobre quem ela é e sobre o seu papel, naquilo a que chamamos de vida humana.
Ela partilhou que tinha momentos onde as dúvidas cessavam, onde a plenitude daquilo que ela é, em essência, se tornavam conscientes em si. Sendo no entanto, ainda de breve duração. No entanto uma serenidade começava a estar cada vez mais presente em si e de algum modo ela sentia que também já se fazia reflectir na sua realidade externa, quer nas pessoas com quem lidava diariamente, quer nos ambientes em que ela se movimentava. Mesmo as peças artesanais que fazia parecia que tinham mais procura, uma maior aceitação pelas pessoas que as viam.
Após esta descrição o Ricardo disse-lhe "na verdade aquilo que mudou foi o modo como a Sara passou a lidar e a percecionar com todas essas situações que descreveu. Mudando a forma como vê as coisas ao seu redor, essas coisas mudam para si. E no entanto elas continuam sendo como sempre foram. Mesmo aquelas pessoas que aparentam ter comportamentos diferentes connosco, elas continuam a ser como sempre foram. O que ocorre é que a nossa mudança pode despertar um contacto dessas pessoas com aspectos seus que estavam dormentes, inconscientes nelas e que ao estarem em contacto com a nossa nova perceção, o nosso nível de consciência, faça tornar ciente nelas aquilo que já lá existia em potência. Relembro aquilo que já lhe havia dito, a essência é perfeita assim como é, ela é plena, logo nada tem a mudar. E nós somos isso. No entanto aquilo que nos habituamos a crer ser, é uma ideia limitada daquilo que somos em essência. E essa ideia limitada, o ego, esse sim pode mudar. Esse sim é passível de mudar, na verdade a mudança é a única constante de um ser humano. Desde que nasce até que termina a sua experiência humana, a mudança está sempre presente. O corpo que tanto prezamos passa por inúmeras mudanças ao longo dos anos de vida."
Após um momento de silêncio partilhado pelo olhar, Ricardo continuo dizendo " Aquilo que já atingiu com o seu nível de consciência mais amplo, com o elevar desse nível, não significa um fim de linha. Não representa um fim de processo, mas sim um começo de algo de novo para si enquanto ser humano. Ou seja, o que lhe quero dizer é que a sua realidade continua a acontecer de igual modo, as contas para pagar continuam a existir, as pessoas que lhe são próximas continuam a existir, os momentos de desafio, os momentos de tristeza, de alegria, continuam a existir. A vida em pleno continua a existir, aquilo que vai mudando é a sua relação com a sua realidade. Aquilo que antes era visto como sendo fulcral, como sendo definitivo para a pessoa que acreditava ser, é que perde esse estatuto. Quanto mais consciente da sua verdadeira natureza, mais recetiva está ao que quer que a vida lhe presenteie sabendo que nada do que ocorra belisca o que quer que seja a sua essência. Passa a desfrutar da realidade como ela é e cada vez mais ciente da sua conexão com o todo, com todas as pessoas que existem e que entram em contacto consigo, mesmo pessoas que não conhece de lado nenhum, beneficiam dessa sua nova consciência, precisamente devido a essa ligação ao todo, à unicidade."
" Sim, aquilo que acabou de descrever faz todo o sentido para mim. Sinto que já mudou muita coisa em mim, mas que ainda estou apenas a levantar uma ponta do véu. No entanto como lhe descrevi esta serenidade está cada vez mais presente em mim, como que num estado latente e por vezes mais presente, e uma confiança surge em mim de que aconteça o que acontecer, tudo está bem. Quando antes à mais pequena contrariedade um turbilhão de pensamentos inundava a minha mente e como que ficava paralisada, assoberbada por esses pensamentos e tudo ficava condicionado por esse estado de espírito. Agora sinto-me mais leve, mais livre, mais positiva perante a vida, mesmo nos momentos que antes imediatamente faziam disparar os meus alarmes, como por exemplo os comentários da minha mãe. Na semana passada quando estávamos a almoçar e ela veio com os seus comentários do costume sobre assentar e criar família, o que aconteceu foi que eu me permiti ouvir aquilo que ela me dizia, sem julgar, sem rejeitar aquilo que ela me estava a dizer e com pensamentos críticos sobre ela, mas apenas ouvindo com atenção, olhando-a nos olhos. E pensando para mim como eu a amava e como sentia que ela me amava também, que ela queria o meu bem e que fazia apenas aquilo que ela achava ser o seu melhor de acordo com o seu nível de consciência. O resultado foi um almoço muito sereno, sem amuos, sem comentários desagradáveis. Este é um exemplo de alguns episódios que tem acontecido no meu dia-a-dia."
"Muito bem, e verá que esse tipo de situações serão mais frequentes, à medida que se for entregando ao presente como ele é. Na medida em que se aceitar plenamente em todas as suas dimensões, em todas as manifestações de vida que acontecem em si. Pois a Sara, tal como eu, é vida, esta não é algo que nos acontece por acaso, mas sim aquilo que somos na totalidade. Nada sendo excluído, nada sendo rejeitado."
sexta-feira, 14 de março de 2014
quinta-feira, 13 de março de 2014
quarta-feira, 12 de março de 2014
terça-feira, 11 de março de 2014
segunda-feira, 10 de março de 2014
Parti
Quando procuro por ti não te encontro, nem sempre estás lá.
Quando estás presente, nem sempre estás inteira, sinto que
vagueias demoradamente.
Quando encontro os teus olhos, os meus brilham. Os teus não.
Quando o coração pulsa por ti, o desejo desperta. Pura
imaginação.
Quando te dou o melhor de mim, não te é suficiente.
Quando procuro agradar-te, fazendo-te as vontades, desdenhas
logo do que faço.
Quando reparaste no quanto te dei, já não estava lá. Parti.
sábado, 8 de março de 2014
sexta-feira, 7 de março de 2014
#61 Reflexo
A vontade de conhecer a verdade, de se conhecer de verdade, levava a um esforço continuado da Sara, para conseguir atingir tal estado. Mais do que um esforço, no sentido de obrigação, de algo que se faz porque se tem de fazer. Ela fazia-o porque era o seu desejo, ela já havia experienciado pequenos momentos de conexão com esse todo que era a essência. Mas aquilo que ela procurava era suplantar as barreiras criadas que a impediam de manter essa conexão e em vez de fugazes conexões, ela procurava a eternidade presente em cada momento.
Tal como o Ricardo lhe havia recomendado ela praticava o auto-inquérito, interrogando-se sobre as verdades que tinha como certas e que desde que havia iniciado este processo de busca de si mesma, se haviam esfumado. O que antes era inquestionável, agora já não permanecia igual. Aquilo que era a ideia que possuía sobre si, sobre quem era e o que era esperado dela. Quer aquilo que ela acreditava que necessitava, quer aquilo que as pessoas que compunham a sua vida lhe lembravam ser suposto ocorrer na normalidade da vida de cada um de nós.
A certeza dos trajetos que é suposto serem caminhados por cada ser humano, enquanto identidade insofismável daquilo que nos define enquanto tal.
No entanto a Sara já havia suplantado os cânones dessa suposta normalidade, já não sofria por não se ver a percorrer esse caminho do esperado. De se entregar ao lusco fusco do dia-a-dia da vida humana. Dos percursos casa-trabalho-casa, da criação de família e respectivo seguimento. Sendo mais um elemento, mais uma peça dessa engrenagem de autómatos com destinos traçados e sem vontades reais para lá das superficiais alinhadas num materialismo.
Sara havia atingido um ponto sem retorno, o seu nível de consciência tinha sido esticado a um ponto que não permitia encolher ao formato anterior, ao estado de dormência anterior. Já não voltaria a fechar os olhos para aquilo que era já evidente em si, para aquilo que assomava em cada milímetro do seu ser. Nenhum limite poderia conter aquilo que não tem contenção. Nenhuma definição era suficiente para descrever a plenitude do existir e que ela já havia saboreado. Depois de tomado o gosto, depois de um vislumbre do despertar, nenhum sono se permite estabelecer que contente os limites da suposta normalidade humana.
A forma como ela procurava imergir na essência era através da observação, tal como desafiara o Ricardo, observar o que surgia em cada momento. Sem dogmas, sem certezas, sem rejeições. Apenas presente, totalmente disponível para aceitar o que se manifestasse. Apenas observando.
Ela tinha tomada a decisão de deixar alimentar a história, dessa personalidade conhecida por Sara, através de um reviver constante das memórias de um passado que não tinha sido a perfeição que então julgava ser necessário. O passado existe apenas sob a forma de memória, sob a forma de pensamento que se manifesta no momento presente. E quando estamos focados em alimentar essa história, na verdade aquilo que fazemos é limitar a nossa perceção sobre aquilo que somos de verdade. Alimentar a história dessa personalidade que acreditamos ser, é ficar prisioneiro dos pensamentos, é colar nessa teia e deixar de ver que somos o espaço onde ela é tecida e não a teia em si.
Perante o seu atual nível de consciência a Sara sabia que essa personalidade já não a limitando era no entanto útil para vivenciar a experiência humana que estava vivendo. Sabia que livrando-se das grilhetas dessa história limitante, se podia permitir agora desfrutar em pleno esta experiência humana, tal como ela se apresentasse, sem com isso crer que de alguma forma poderia molestar o que quer que fosse a sua essência.
Essa certeza resultava no reconhecimento de um serenidade que não era imposta, uma serenidade que não era procurada desesperadamente, como fizera em grande parte da sua vida. Mas sim uma serenidade que sempre esteve presente, que é anterior a qualquer manifestação nesta sua experiência humana e que continuaria a estar presente quando esta terminasse.
Com tal serenidade a Sara sabia que se podia abandonar a viver a sua realidade humana com todas as imperfeições que lhe são inerentes. Deixando de se criticar impiedosamente e com constante medo sobre o que os outros poderiam pensar, deixar de procurar agradar os outros e fazer o que era esperado que fizesse no cumprimento do seu papel enquanto mulher na sociedade atual.
Ela tinha tomada a decisão de deixar alimentar a história, dessa personalidade conhecida por Sara, através de um reviver constante das memórias de um passado que não tinha sido a perfeição que então julgava ser necessário. O passado existe apenas sob a forma de memória, sob a forma de pensamento que se manifesta no momento presente. E quando estamos focados em alimentar essa história, na verdade aquilo que fazemos é limitar a nossa perceção sobre aquilo que somos de verdade. Alimentar a história dessa personalidade que acreditamos ser, é ficar prisioneiro dos pensamentos, é colar nessa teia e deixar de ver que somos o espaço onde ela é tecida e não a teia em si.
Perante o seu atual nível de consciência a Sara sabia que essa personalidade já não a limitando era no entanto útil para vivenciar a experiência humana que estava vivendo. Sabia que livrando-se das grilhetas dessa história limitante, se podia permitir agora desfrutar em pleno esta experiência humana, tal como ela se apresentasse, sem com isso crer que de alguma forma poderia molestar o que quer que fosse a sua essência.
Essa certeza resultava no reconhecimento de um serenidade que não era imposta, uma serenidade que não era procurada desesperadamente, como fizera em grande parte da sua vida. Mas sim uma serenidade que sempre esteve presente, que é anterior a qualquer manifestação nesta sua experiência humana e que continuaria a estar presente quando esta terminasse.
Com tal serenidade a Sara sabia que se podia abandonar a viver a sua realidade humana com todas as imperfeições que lhe são inerentes. Deixando de se criticar impiedosamente e com constante medo sobre o que os outros poderiam pensar, deixar de procurar agradar os outros e fazer o que era esperado que fizesse no cumprimento do seu papel enquanto mulher na sociedade atual.
quarta-feira, 5 de março de 2014
segunda-feira, 3 de março de 2014
Despertar
Tudo aqui tem que ter uma tensão. Nem todos porém, tencionam
mostrar-se totalmente neste torpor. Sem todavia, dizer tudo o que tendem
pensar, todos são temerosos da tentação alheia.
Teresa mostra ter noção total
da tentação provocada, tácito silêncio, tabu negado, testemunha realidade. Tal beleza toca intimamente.
Titubeantes reações
tentam negar tal certeza. Teresa, marca transcendental, que tutela a tentação e
turbina desejos. Turbilhão emocional tocando aqueles tungados nessa teia idílica,
truculência inacessível. Tranquilamente parte, triste despertar.
sábado, 1 de março de 2014
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