Ela
pensava para si mesma, não sei o que há, não sei o que é verdade ou ilusão. E
essa sensação permanecia com ela assaz tempo. Ocupava toda a sua atenção, mesmo
quando fazia as suas rotineiras tarefas diárias, essa sensação de incerteza, de
dúvida existencial estavam lá. Uma sensação estranha de que quem ela acreditava
ser, não passava de uma ilusão. Sentia que não podia ser apenas aquele rosto
que via no espelho, aquele corpo que se movimentava pela vida. Estaria a ficar
louca, interrogava-se. Seria isso um sinal que se estava a afundar e que
perderia a razão?
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