O
silêncio ocupava todo o espaço, tudo gravitava envolto nele. Uma sensação de
estranheza emergiu nela, como que deixasse de ter identidade, aquela que
pensava ser, parecia a ter abandonado. Um medo repentino irrompeu. Estaria a
ficar louca, indagava-se. De novo o silêncio levava a sua atenção. Agora uma
sensação de paz fazia-se sentir. Uma certeza de que tudo estava bem, que tudo
era perfeito, tal como era. Não sabia explicar por palavras, mas tudo fazia
sentido, tudo era pleno e só podia ser como era. As palavras, as expressões
eram pequenas demais para descrever tal certeza. Deixou-se sentir.
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