quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Aceito aquilo que me dás

Deixo de tentar controlar a vida e confio em ti,
escolho a verdade do Ser, quero seguir no teu encalço,
preencher a plenitude de cada momento,
estando presente para me libertar dos condicionamentos que me impus,
deixar de me enganar,
tentando ser algo que não sou,
para corresponder às ideias que tinha para mim,
ou julgava que eram para mim, de acordo com o que via ao meu redor.
Todas essas ideias são grilhetas que me afastam da essência,
quebro as correntes, não me servem mais,
liberto-me do seu peso e viajo agora mais leve,
em fluxo contigo, em fluxo com o todo.
Aceito aquilo que me dás, aceito cada pedaço de mim, que havia escondido,
que havia esquecido, pois nada abandona a fonte.
Posso tentar empurrar para a sombra, mas não o faço desaparecer,
ele volta em força, para me despertar do sonambulismo existencial.
Usa-me como um instrumento de libertação das ilusões,
não me iludo mais,
sei quem sou quando não procuro perceber quem sou,
nenhum entendimento pode englobar a imensidão do Ser.
Em silêncio testemunho a presença pura e perfeita do que sou,
sem nomear, pois estaria a tentar limitar aquilo que é ilimitado,
em ti me revejo, em ti existo,
sigo o caminho,sendo o caminho, sendo a pegada que marca esse caminho,
sendo, apenas sendo.

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