Enquanto caminho vou-me perdendo,
já não sei se caminho, se sou o próprio caminho.
Onde acaba um e começa o outro deixou de ser evidente.
Por isso continuo a caminhar e deixo de me interrogar.
A sensação dos limites quebrados,
que deixam de balizar o eu.
E no entanto quando achava que ficaria perdido,
se não fosse eu,
aconteceu o contrário.
O eu que julgava ser é uma pequeníssima ideia daquilo que sou.
Pelas brumas do ser vou soltando ideias de mim.
Agora, enquanto caminho também sou o próprio caminho.
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