quinta-feira, 2 de junho de 2011

Não sei.

Aquilo que julgava saber não é senão uma pequena parte,
daquilo que sou.
E aquilo que sou, o meu entendimento só consegue perceber,
uma ínfima parte.

A razão não tem espaço para abarcar a totalidade do meu Ser.
Ela cria ilusões que iludem as fronteiras desabitadas de mim,
não sabendo eu,
elas estão lá em permanência.

Sem fim nem principio,
em cada pedaço do existir,
passando nas lamurias vomitadas pela linguagem,
originada na limitação do percebido.

Sei que não sei tudo aquilo que sei,
pois aquele que diz que sei,
não sabe quem é por inteiro.

Só na limitação desta vida aquilo que sei,
tem lugar.
E ai, basta aquilo que sei,
porque o que não sei, não é suposto saber.

Como sei?
Porque não sei,
saberei quando for necessário saber.

Sei tudo o que sei ser necessário,
a este momento e,
no entanto ai tudo está contido.

Sem comentários:

Enviar um comentário