Nada

Quando despertamos para a realidade e percebemos,
tudo está contido no nada.
Esse nada é tudo que existe.

Esse corpo onde julgas habitar é ilusão,
é uma prisão do ego, que te quer limitado.
Os pensamentos que povoam a tua mente, não são teus.

O tempo que julgas que vai passando e fazendo com que envelheças,
não existe, é apenas uma face do ego.
Quem és tu afinal?

És aquele que permanece no espaço de todos esses acontecimentos,
ilusórios que te envolvem,
és aquele que vagueia na imensidão do Ser,
és aquele que é perfeito e harmonioso,
és aquele que é ilimitado.
És.

O amor incondicional aconchega o teu Ser,
embala a tua existência,
alimenta a essência luminosa que emana da fonte.
Como é belo ver,
com os olhos da alma e,
sentir as imagens que pintam esse nada.

Sentir

Querer mais sem espaço para o ter.
Pois somos feitos de perfeição.
No tudo que temos, está contido o nada.

Os sentidos são ilimitados.
Aquilo que sentimos são sinais da essência.
A matéria é uma ilusão.

Essa ilusão pode-nos afastar da essência.
Contudo, quando despertamos e abrimos os olhos,
os olhos da alma,
Começamos a ver, verdadeiramente a ver.

E percebemos a beleza da existência.
E percebemos como fazemos parte de um todo.
E percebemos como somos completos.

Sentir é emanar a energia do Amor.
Amor incondicional.
Tudo dá, sem nada pedir.
Pois já tem tudo.

O Amor é,
só é,
naturalmente,
É.

Percepção

Aquilo vejo não é tudo.
As sensações que me envolvem escondem o essencial.
Esta ilusão em que me encontro é uma prisão.

Eu sou ilimitado.
Eu sou imortal.
Eu sou perfeito.

A fonte de onde vim é perfeita.
Tudo que emana dela é perfeito.
Neste tudo está o nada.

O vazio tudo preenche.
A imensidão da existência é Amor.
Incondicionalmente Amor.

A essência está a despertar o turpor da ilusão.
Começo a ver.
Realmente a ver.
E como tudo é belo.
E completo.
E como tudo é vazio.
Simplesmente em Harmonia.